sexta-feira, 13 de março de 2020


Emprego das letras h, s, z, x, ch, g, j, ss, sc

Emprego do h

é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrita do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:

a) Emprega-se o quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina.
     homem, higiene, honra, hoje, herói.

b) Emprega-se o no final de algumas interjeições. 
      Oh! Ah!

c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:
- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro. 
     super-homem, pré-história.

- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh.
    Passarinho, palha, chuva.


Emprego do s

Emprega-se a letra s:

- nos sufixos -ês, -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos.
Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.

- nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos.
      delicioso, gelatinosa.

- depois de ditongos.
    coisa, maisena, Neusa.

- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos.
    puser, repusesse, quis, quisemos.

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s.
     análise: analisar, analisado
     pesquisa: pesquisar, pesquisado.


Emprego do z

Emprega-se a letra z nos seguintes casos:
- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos.
   rigidez (rígido), riqueza (rico).

- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z.
     cruz: cruzeiro, cruzada.
    deslize: deslizar, deslizante.


Emprego dos sufixos –ar e –izar

Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso contrário, emprega-se –izar.
    análise – analisar                               eterno – eternizar


Emprego das letras e i.

Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e.
      perdoem (perdoar),           continue (continuar).

Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i.
     atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).


Emprego do x  

- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.

- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados).

- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).

- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.


Emprego do g ou j

Emprega-se a letra g

- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.
- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.

Emprega-se a letra em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau.


Emprego de s, c, ç, sc, ss.

- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess.
   ceder – cessão.
   conceder - concessão. 
   retroceder - retrocesso.
   Exceção: exceder - exceção. 

- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns.
   ascender – ascensão
   expandir – expansão
   pretender – pretensão.

- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção.
   deter – detenção
   conter – contenção.


Por Marina Cabral. Especialista em Língua Portuguesa e Literatura.





A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

A importância da língua portuguesa e suas Implicações são evidentes, mormente, na vida profissional. Basta refletir acerca da principal razão de eliminação de candidatos às vagas de emprego em determinados setores. A linguagem é o cartão de visita. Ao ouvir alguém por cinco minutos, já temos a ideia formada da formação da pessoa que está falando.
A capacidade de comunicação, seja ela por domínio da linguagem falada, escrita ou corporal, sempre nos traz consequências positivas. O profissional que sabe se comunicar sempre se diferencia. Quem domina a norma culta da língua, e é apto a escrever e falar corretamente, está sempre à frente, diferencia-se da maioria, que incorre em erros banais e basilares. A falta de capacidade de escrever, falar e ler corretamente decorre, por  vezes, da falta do hábito de ler, pois quem lê com frequência escreve melhor, tem melhor raciocínio, melhor interpretação e melhor organização de ideias. Para exemplificarmos, basta lembrarmos da sensação ruim e imagem negativa que formamos da empresa, quando somos atendidos por um profissional que diz coisas como: "vamos estar verificando", ou "vamos estar retornando". Isso, sem mencionar outros erros mais absurdos e grotescos, como o "mim fazer"; "mim ver" etc.
O que abordamos anteriormente está, umbilicalmente, ligado ao marketing profissional. Haja vista, a impossibilidade de determinado profissional ter sucesso em sua imagem profissional, sem expressar-se corretamente. A maioria dos nossos julgamentos é baseada em impressões. Se causamos uma boa impressão, conquistamos algo, adquirimos, agregamos. O investimento de agregar saberes, cultura e formação é altamente lucrativo e gratificante, principalmente na área profissional.
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais:
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Cabe a nós brasileiros, entendermos o momento próprio do uso de cada modalidade, tanto o momento formal, quanto o momento informal, para, assim, não nos depararmos em situações ridículas e inconvenientes.
Falar e escrever bem gera admiração, apreço e projeta uma boa imagem para os nossos ouvintes e interlocutores. Consequentemente aumentamos nossa rede de contatos, adquirimos mais créditos e ampliamos nossas oportunidades. A eloquência e a habilidade de escrever levam o profissional a lugares que muitos não podem chegar. Ocuparão tais lugares, por mérito, os que investem em si mesmos e tem a consciência da importância de dominar a língua pátria.

Autor: Adriano Martins Pinheiro. Atuante em escritório de Advocacia em São Paulo - Capital; colunista de diversos sites, jornais e revistas locais.adrianopinheiro.direito@hotmail.com / http://twitter.com/AdvPinheiro

Atividade - Debate:
1 – Você concorda que a linguagem é o cartão de visita. Justifique
2 – Segundo o autor, a falta de capacidade  de escrever, falar e ler corretamente de uma pessoa decorre de qual motivo?
3 – Segundo você, quando se deve usar a linguagem  funcional de modalidade culta e de modalidade popular. Por quê?


domingo, 9 de fevereiro de 2020


Texto 05: A Armadilha

Certo dia, um fazendeiro e sua esposa chegaram em casa com um lindo pacote colorido. Ao abrirem o  pacote, foram observados pelos olhares curiosos de um pequeno rato que habitava o local.
Aberto o embrulho, o pobre rato, perplexo, viu que se tratava de uma grande e reluzente ratoeira. Saindo em desabalada carreira, foi avisar os demais habitantes da fazenda sobre a sua horrenda descoberta, que punha em risco a vida de todos.
O primeiro a ser avisado foi o porco, que para surpresa do ratinho não ficou nem um pouco abalado pela descoberta e ainda comentou que tal artefato não tinha como machuca-lo, portanto não representava perigo.
O rato continuou sua missão e avistou a galinha que ciscava indolentemente. Ao ser avisado da ratoeira, informou que n máximo que podia fazer era rezar para que o rato não fosse apanhado e disse sorrindo não ter lembrança de aves presas em ratoeiras.
Por fim, o pequeno animal, ofegante, se dirigiu às pastagens da fazenda onde encontrou a vaca fazendo sua refeição diária. Ao ser informada do ocorrido, soltou uma gostosa gargalhada, dizendo ao rato que nada tinha a temer, perguntando: - Você não percebeu o meu tamanho? Por que devo ter medo de uma mísera ratoeira? E acrescentou:
- Esse é um problema que só diz respeito a você. Por siso, trate de resolvê-lo sem importunar quem nada tem a ver com o caso.
O rato desesperado, sem ter a quem recorrer, ficou escondido tentando achar uma solução para aquele angustiante problema que punha em risco sua vida. Naquela noite a ratoeira foi armada e, durante a madrugada, a esposa do fazendeiro, ouvindo um barulho na sala, foi verificar se a armadilha preparada tinha dado os resultados esperados.
Entretanto, o que de fato aconteceu foi que uma desavisada cascavel adentrou a casa e foi apanhada pela ratoeira. A fazendeira, na escuridão da n oite, não se deu conta do ocorrido e foi mordida pela cobra. Foi uma correria. Luzes se acenderam e o fazendeiro em desespero levou a esposa para o hospital mais próximo.
No dia seguinte retornou com a esposa devidamente medicada mas ainda ardendo em febre por conta do veneno do asqueroso réptil. O fazendeiro, pensando no restabelecimento dela, decidiu preparar uma suculenta e substanciosa canja. Nem é preciso dizer que a galinha foi sacrificada.
Aquele fazendeiro era um homem muito querido na região e no período de convalescença da esposa recebeu muitas visitas. Preocupado com o que iria oferecer aos visitantes, decidiu matar o porco, preparando com sua carne tenra, algumas iguarias.
Passando um mês do ocorrido, finalmente a mulher recebeu alta médica. Tal foi o o contentamento do marido, que ele resolveu oferecer um grande churrasco aos amigos que o confortaram durante aquele período difícil. Tinha chegado a vez da vaca!

Lembre-se:
As situações boas ou más, nunca deixarão de se repetir e jamais terão uma solução final. A única coisa que podemos fazer é mudar nossa atitude ante os eventos da vida. Mudar de atitude consiste em enxergar a verdade, viver a realidade e sentir a felicidade.

            Dinâmica de trabalho:

01 – Apresentar o texto em forma de dramatização.
02 – Comentar a frase texto.
03 – Identificar  no texto o tema com o problema e solução.
04 – Apresentar  outro texto com o mesmo tema: música, poema....

 


Texto 04: Prisioneiros de Astúrias

É mais vantajoso dividir o lucro do que ficar com o prejuízo só para você.

Astúrias era um campo de prisioneiros que só existe aqui. Esses prisioneiros eram divididos em grupos e cada grupo ocupava uma cela, onde, onde eram acorrentados formando um círculo.
No centro do círculo havia um grande caldeirão com uma suculenta apetitosa sopa, único alimento que lhes era oferecido. Como os prisioneiros ficavam distantes do caldeirão, para se alimentarem usavam uma colher com um comprido cabo que chegava até a sopa.
O inconveniente é que a colher alcançava a sopa, porém, por ser extremamente longa, não conseguia voltar e chegar até a boca dos prisioneiros. Desespero: eles não podiam se alimentar, apesar da comida estar tão perto.
O comandante do campo, certa vez, foi fazer uma vistoria nos prisioneiros e teve uma surpresa. A maior parte das celas estava lotada de prisioneiros esqueléticos e mal nutridos, apesar da comida farta ser oferecida diariamente. Entretanto, em uma delas, os prisioneiros estavam fortes e bem alimentados.
Seria um milagre? Ou haveria, entre os guardas, algum que tivesse sido benevolente e libertado os prisioneiros no horário das refeições? Que diabos estava acontecendo naquela cela?
Nada disso. O comandante, homem inteligente, compreendeu o que se passava e explicou aos seus acompanhantes, com um sorriso nos lábios.
- Não se trata de milagre. Os prisioneiros desta cela aprenderam, na prática, o significado da palavra parceria e passaram a alimentar uns aos outros. Como o cabo da colher é muito grande, cada um a coloca no caldeirão e alimenta quem está em sua frente, do outro lado. Assim todos enchem a colher e todos comem.
Parceria é, antes de tudo, uma atitude. É uma forma inteligente de oferecer para receber, com vantagens para todos. No mundo corporativo, parceria é hoje o grande diferencial competitivo das pessoas, das empresas, das regiões e das nações.

Leva vantagem aquele que compreende que a melhor situação ocorre quando todos se beneficiam. Na matemática do mesquinho, quando um ganha, alguém perde. Na parceria, entretanto, a soma é diferente: todos ganham e a relação é sempre saudável e duradoura.
Uma atitude sincera e leal é o pressuposto para uma parceria bem-sucedida. Até porque, quem age com deslealdade acaba sendo desmoralizado.
Lembre-se: É possível enganar uma pessoa por um longo período de tempo. Também é possível enganar um grupo de pessoas por um curto período de tempo. Entretanto é impossível enganar a todos o tempo todo.

            Dinâmica de trabalho:

01 – Apresentar o texto em forma de dramatização.
02 –Comentar a frase texto.
3 – Identificar  no texto o tema com o problema e solução.
4 – Apresentar  outro texto com o mesmo tema: música, poema....
O Especialista

“ Na maioria dos casos o que se costuma chamar de sorte é apenas o encontro do preparo com a oportunidade.”   Lair Ribeiro

Quanto vale o trabalho alheio?
Não se surpreenda com a história que, não sendo nova, recebeu um banho de atualização tecnológica para combinar com os tempos atuais.
Uma empresa de grande porte, com praticamente todas suas operações informatizadas, estava com grave problema em um computador altamente complexo, do qual dependia a maior parte de sua produção.
Os prejuízos da paralisação poderiam ser medidos até em minutos perdidos e toda a administração polarizou sua atenção na solução do problema.
A primeira medida, imediata, foi chamar um competente especialista, na certeza de que o problema seria resolvido com a urgência necessária, para que interrompesse o considerável prejuízo provocado pela paralisação.
Chegou o técnico, ele imediatamente sentou-se à frente do monitor, ficou pensativo por alguns minutos e desligou o computador. O gerente ansioso postou-se ao lado e, tenso, aguardava alguma informação e o diagnóstico do problema.
O técnico, impassível, tirou uma chave de fenda de sua mala de ferramentas, apertou um dos incontáveis parafusos que faziam parte do sofisticado equipamento e, ligando novamente o computador, fez alguns testes e informou que a pane estava resolvida e a máquina funcionando perfeitamente.
O gerente, surpreso e aliviado, perguntou: - Quanto a emprese lhe deve?
- Dez mil reais, respondeu calmamente o especialista.
- Dez mil reais !? retrucou o gerente. – É um preço absurdo por 15 minutos de trabalho. Além disso, o serviço ficou limitado ao aperto de um parafuso.
O especialista, balançando a cabeça, informou:
- O senhor não precisa fazer o pagamento agora. Amanhã lhe mandarei a fatura, acompanhada de um relatório completo do conserto. E foi embora.
No dia seguinte, pelas mãos de um motoboy, chegou o relatório do reparo. O gerente o leu várias vezes com muito cuidado e após alguns minutos de reflexão mandou efetuar o pagamento.
O relatório definia claramente o trabalho desempenhado:
Serviços prestados:
Apertar um parafuso
1 real
Saber qual parafuso apertar
9.999 reais
Total
10.000 reais
Competência é a arma. Cada um faz praticamente uma única tarefa e deve fazê-la como um bem preparado especialista, atualizando-se com a velocidade da evolução tecnológica e impondo sua experiência ao mercado, coo mercadoria rara e, portanto, de alto valor.
“Morre lentamente... Quem não lê. Quem não viaja. Quem não encontra graça em si mesmo. Quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto.” Pablo Neruda

 Dinâmica de trabalho:


01 – Apresentar o texto em forma de dramatização.
02 – Pesquisar sobre Lair Ribeiro e Pablo Neruda.
03 – Identificar  no texto o tema com o problema e solução.

04 – Apresentar  outro texto com o mesmo tema: música, poema....

 


Texto : 02   Tragédia na Floresta

José Roberto Machado

Esta é do tempo em que os animais falavam. Conta-se que certa vez correu um boato na floresta dizendo que o céu ia desabar na cabeça de todos.

O desespero tomou conta dos bichos, que começaram a correr em todas as direções, sem saber a quem recorrer ou, pelo menos, onde ficar. No meio do caos que se instalou na bicharada, era trombada e gritaria, sem  qualquer sentido e sem qualquer alternativa. Até que, em determinado momento, o tigre avistou um passarinho deitado tranquilamente com as patas para o alto e as asas recostadas no solo.

O tigre, surpreso com a cena, não compreendendo o que o pássaro estava fazendo, perguntou: - Você não ouviu a notícia de que o céu a qualquer momento irá desabar?

- Claro que ouvi. Eu estou aqui, nesta posição para tentar segurá-lo.

-Mas você não vai conseguir, insistiu o tigre.

O passarinho retrucou: - O que vai acontecer eu não sei ao certo. Estou somente fazendo a minha parte!

 

O céu está permanentemente caindo na cabeça de todos. A todo o momento acontecimentos indesejáveis ocorrem sem  ou contra a vontade das pessoas, atingindo às vezes duramente quem quer que esteja vivo. Parece um milagre que essas mesmas pessoas duram tanto tempo, enfrentem tantas dificuldades e, ás vezes, se considerem até felizes e agradecidas com sua sorte. Mas que o céu cai, cai mesmo!

O que faz a diferença é a atitude diante dos desafios e dos infortúnios. Existem três tipos de pessoas, as que deixam acontecer, as que perguntam o que aconteceu e as que fazem acontecer. Cabe a cada um escolher o grupo ao qual deseja pertencer.

 

Não são os que se escondem que vencem na vida. Os grandes exemplos de pessoas que chegaram ao sucesso são, na maioria das vezes, proporcionados pelos que não se deixaram abalar pela iminente queda do céu e acreditaram em suas potencialidades e em seus sonhos, com determinação e coragem para pô-los em prática.

Vencedor é aquele que faz acontecer. Boas ideias, muitos têm; mas transformá-las em realizações, são poucos os que conseguem. É difícil repartir o  sucesso, mas também não é justo transferir o fracasso.  Melhor do que lamentar é enfrentar e sair da inércia.

 Lembre-se: Por mais adversas que possam parecer determinadas situações, cada um deve fazer a parte que lhe cabe. Tenham a certeza de que sempre valerá mas a pena acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão.

 

Dinâmica de trabalho:

01 – Apresentar o texto em forma de dramatização.
02 – Pesquisar sobre José Roberto Machado.
03 – Identificar  no texto o tema com o problema e solução.
04 – Apresentar  outro texto com o mesmo tema: música, poema....

 

“A dificuldade não está nas ideias novas, mas em escapar das antigas.” Roberto Campos

Texto : 01    Alegoria da Caverna

José Roberto Machado

Platão, filósofo grego que nasceu em Atenas no ano 427 a.C. é um dos sábios que construíram, com sua inteligência, a maneira de pensar e de viver no mundo ocidental. Deixou em sua enorme herança um texto, que apesar de escrito há quase 2.500 anos, contém uma mensagem sempre atual.

Sua história conta que homens vivendo em uma caverna, desde a infância, acorrentados de costas para a entrada, somente enxergavam o fundo da caverna. Na frente dos prisioneiros, uma fogueira iluminava toscamente o local.

Os prisioneiros, naquela situação, jamais viram outra coisa senão as sombras distorcidas das pessoas carregando utensílios e objetos que passavam pela frente daquele mundo subterrâneo. O assunto que interessava a todos e do qual falavam eram as sombras, que, para eles, eram coisas muito reais.

O que aconteceria se um desses prisioneiros fosse liberto e levado para fora da caverna? Ofuscado pela luz em um primeiro momento não conseguiria ver claramente os objetos que só conhecia pelas sombras que antes enxergava. Extremamente embaraçado, com certeza diria que as sombras que se acostumou a ver anteriormente são mais verdadeiras que os objetos que ora lhe são mostrados.

É evidente que a vida lá fora era melhor, mas necessitaria de algum tempo para se acostumar. Não resta dúvida de que se sentiria feliz com a mudança, lamentando a sorte de seus amigos companheiros, mantidos na escuridão da caverna.

A parábola transmite a ideia de que as pessoas se acomodam nas situações em que são postas, abominando a mudança, ridicularizando as novidades, acreditando que o que sabem e fazem é o melhor e o mais correto. Mesmo quando alguém vem testemunhar as vantagens da mudança, trazendo a realidade da nova situação e enaltecendo suas consequências.

Como os habitantes da caverna, descritos por Platão, quantas pessoas em suas vidas ou mesmo dentro de uma organização têm sua visão de realidade distorcida por ignorância, temor às mudanças e até mesmo por manipulação?

Lembre-se: Não é o grande que devora o pequeno.  É o veloz que devora o lento ou o ignorante.

“O verdadeiro ato de descobrir não consiste em achar novas terras, mas em vê-las com outros olhos.”   Marcel Proust


Dinâmica de trabalho:

01 – Apresentar o texto em forma de dramatização;   
02 – Pesquisar sobre: Platão, Roberto Campos, José Roberto Machado, Marcel Proust.
3 – Identificar  no texto o tema: Problema e solução.
4 – Interpretar os textos - frases em destaque.